Cerca de 37% do território da Capital é composto por vazios urbanos, que elevam os custos para Prefeitura e dificultam o desenvolvimento da cidade
O deputado federal e candidato à prefeitura de Campo Grande, Beto Pereira (PSDB), prometeu reavaliar o uso de cerca de 44 mil lotes vazios na cidade, que poderão ser destinados para habitação ou comércio.
A proposta surge como resposta ao desafio dos chamados “vazios urbanos”, que compõem uma fatia significativa do território da Capital e são vistos como um entrave ao desenvolvimento urbanístico da cidade.
“Irei reavaliar para habitação ou comércio os 44 mil lotes vazios”, afirmou Beto Pereira, destacando a importância de utilizar esses espaços para acelerar o crescimento e melhorar a ocupação urbana de Campo Grande.
Os vazios urbanos são áreas amplas dentro do perímetro urbano que, embora dotadas de infraestrutura como rede elétrica, água e saneamento, permanecem sem edificações ou ocupações.
Em Campo Grande, esses espaços representam 37% da área urbana, de acordo com um estudo realizado pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
Esses vazios urbanos, apesar de estarem cercados por regiões desenvolvidas, ficam ociosos por questões de especulação imobiliária, falta de incentivos adequados ou ausência de planejamento urbano eficaz.
A grande quantidade de terrenos desocupados pressiona a expansão horizontal da cidade, elevando os custos para a prefeitura ao estender infraestrutura, como asfaltamento e iluminação pública, para novos loteamentos, enquanto grandes áreas internas permanecem inutilizadas.
Beto Pereira, ao abordar o tema, enfatizou a importância de reverter essa lógica e aproveitar melhor o solo urbano disponível. “Não faz sentido que a cidade continue se expandindo para além de seus limites enquanto temos áreas enormes, no coração da cidade, que poderiam ser usadas para construir moradias ou fomentar o comércio local”, disse o candidato.
Na prática, a proposta de Beto Pereira inclui a criação de mecanismos para incentivar ou mesmo exigir o uso dessas áreas, seja pela construção de moradias populares ou pela viabilização de comércios e serviços que atendam à população.
O impacto dos vazios urbanos vai além do simples desperdício de espaço. Segundo especialistas, eles contribuem para a desigualdade no uso da terra e criam uma sensação de abandono em certas regiões. Além de fragmentar a cidade, esses lotes não ocupados acabam servindo como pontos de acúmulo de lixo ou áreas de insegurança.
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